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Fred Forest - Retrospective
Sociologic art - Aesthetic of communication
Exhibition Generative art - November, 2000
Exhibition Biennale 3000 - Sao Paulo - 2006
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Nota de síntese

Devemos fazer aqui um breve recapitulativo sobre quem é esse artista e teorista francês : pioneiro da video-arte (1967), pioneiro de experiências de imprensa (1972), pioneiro, enfim, da arte pela Internet (1994). Seu trabalho artístico recorre a diversos suportes e seu procedimento se caracterisa tanto pelo uso original das tecnologias da comunicação, desviando-as, quanto pelo seu posicionamento  sociocrítico e político. Desde os anos 60, ele põe em prática a interatividade e a participação do público. Prêmio Comunicação da XIIa Bienal de São Paulo em 1973 por uma série de ações que, pelo seu caráter provocador em relação à politica, tiveram uma repercussão internacional excepcional. Sua retrospectiva em São Paulo apresenta pela primeira vez os videos, filmes e fotos dessa época. Não devemos esquecer que esses tempos foram marcados pela repressão do regime militar, que dirigiam o país com uma mão de ferro. O que valeu ao nosso artista de ser preso e passar por um interrogatório nos locais obscuros da policia política do DOPS. 

Fred Forest foi durante cerca de trinta anos um amigo próximo de Vilem Flusser e de Pierre Restany, que defenderam seu trabalho com ardor por meio de vários textos, e até participaram em pessoa às suas ações.

Artista singular, inovador e inclassificável, Forest teve o mérito, antes de todos, de prever que o espaço da informação, devido ao desenvolvimento das tecnologias numéricas, se tornaria também um espaço de expressão artística.

Fred Forest, artista no campo da multimídia e das redes, doutor pela Sorbonne, é professor em Ciências da Informação e da Comunicação. Pioneiro da video-arte, desde os anos 68, ele criou na França os primeiros espaços interativos, usando tanto o computador quanto o vídeo. Na sua prática artistica, ele usa a imprensa escrita, telefone, fax, vídeo, rádio, televisão, cabo, computador, jornais luminosos eletrônicos, robótica, redes telemáticas, e é claro, hoje em dia… a Internet, que lhe atualmente uma posição e um reconhecimento internacionais. (http://www.fredforest.org)

Professor titular da École Nationale d’Art de Cergy (França), e em seguida titular da Cátedra de Ciências da Informação e da Comunicação da Universidade de Nice Sophia-Antipolis, ele dirige no Museu de Arte Moderna e Contemporânea dessa cidade um seminário de renome internacional. Ele é atualmente professor emeritado dessa universidade. Sua obra pertence ao patrimônio nacional francês.

Co-fundador do Coletivo de Arte Sociológica en 1974, ele defende en 1984 na Sorbonne uma tese de doutorado sobre a Arte sociológica e a Estética da comunicação.

En 1983, junto à Mario Costa, ele é co-fundador do Movimento Internacional da Estética da comunicação.

Prêmio Comunicação da Bienal de São Paulo, ele representou a França na Bienal de Veneza e na Documenta de Kassel. Ele ganhou o prêmio « Laser de Ouro » no Festival de Artes Eletrônicas de Locarno, e em seguida o Grande Prêmio dessa mesma cidade por uma obra multimídia transmitida pela RSTI, a Televisão Nacional Suissa Italiana.

Em outubro 96, ele põe à venda, em uma « première » mundial, uma obra numérica Parcelle/Réseau no Hôtel Drouot. Em setembro 98, ele criou uma instalação espetacular, Centre du Monde, que funciona ligada à Internet, no Espace Pierre Cardin de Paris. Em março 1999, ele se casa pela Internet com uma artista, Sophie Lavaud, e nessa ocasião eles criam e colocam em ação um programa de realidade virtual que funciona com uma série de captadores. En outubro 2000, ele realiza em Paris uma venda em leilão, por meio de um site internet, de uma série de monocromos numéricos.

Fred Forest publicou varios ensaios e livros : " Pour un art actuel/l’art à l’heure d’Internet", edições l’Harmattan, Paris, em novembro 1998, e " Fonctionnements et dysfonctionnements de l’art contemporain : un procès pour l’exemple " igualmente pela l’Harmattan em setembro 2000, " Repenser l'art et son enseignement ", " De l'art vidéo au Net Art ", ambos pela l'Harmattan en 2004, " l'Oeuvre-système invisible", l'Harmattan, 2005.

Por fim, ele é o fundador do Web Net Muséum, um museu-ação que apresenta exposiçoes em linha e funciona como um centro de pesquisa. (www.webnetmuseum.org <http://www.webnetmuseum.org>)

.A prática artística deturpadora que Fred Forest desenvolve constitui uma refexão crítica sobre a arte, a comunicação, seus códigos, seus fundamentos ideológicos, simbólicos e estéticos. Como escreveu Pierre Restany, ele antecipou com muita antecedência a situação na qual vivemos hoje em dia, e seu trabalho atual sobre a Internet é a continuação lógica do desenvolvimento de uma pratica artística que leva em conta, desde os anos 70, as noções de interatividade, tempo real, processo, telepresença, ubiquidade, ação à distância, rede, relação e relacional, no campo social e no cotidiano.

 

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