|||||||||||||||||||||||||||||| 
Fred Forest - Retrospective
Sociologic art - Aesthetic of communication
Exhibition Generative art - November, 2000
Exhibition Biennale 3000 - Sao Paulo - 2006
PRESENTATION
EXHIBITION
REFLECTION
COLLOQUES
WHAT'S NEW
CONTACT
> Editorial (Portuguese)
> Artworks/Actions (English)
> Criticism (Portuguese / English)
> Biography (English)
> Bibliography (English)
> Nota de síntese (Portuguese)
> Retrospectiva online (Portuguese)
> Audio conference (English)

 

 
« previous image   Image 12/66   next image »

12. Relação de imprensa, “Jornal do Brasil”, São Paulo, 1973. Trata-se da manifestação de rua organizada por Fred Forest com pessoas carregando cartazes brancos. Como diz o “Jornal do Brasil” no seu título: “O branco invade a cidade e todo mundo encontra-se na prisão”. Esta ação teve como saldo a prisão do artista, imediatamente conduzido ao DOPS (o departamento da polícia política). Submetido, por mais de seis horas, a um interrogatório fechado, Fred Forest manterá a mesma linha de conduta. Enquanto os policiais tentarão intimidá-lo, ele fingirá ingenuidade ao espantar-se de que no Brasil não seja permitido passear com cartazes brancos. Realmente, durante seu deslocamento pelas ruas do centro da cidade, a multidão não parou de aumentar ao redor. As pessoas que o acompanhavam começaram a inscrever slogans sobre os cartazes. Notadamente, as estrelas que representavam, na época, a sigla de um movimento revolucionário chileno. Os policiais, que tinham apreendido os cartazes, pressionavam Forest para lhes dizer quem, portanto, tinha escrito os slogans de liberdade que se liam em letras grandes? Enquanto este último fingia que não sabia de nada, os policiais lhe diziam então que era “muito grave” não saber! O artista, sem perder seu sangue frio e sua ironia, retrucava que o saberia doravante. E acrescentava ainda: “Assim que eu voltar para a Europa, não deixarei de dizer em minhas declarações à imprensa que, no Brasil, é proibido caminhar pacificamente com cartazes brancos...” O artista afirma que ele considerava que sua situação de convidado oficial para a Bienal de São Paulo, assim como seu estatuto de estrangeiro, lhe conferiam uma certa imunidade. “Não sou um herói”, apressa-se ele em acrescentar. “Certamente, pude fazer tudo isso em cumplicidade com os jornalistas, os transeuntes, os intelectuais que me apoiaram, mas são eles que arriscaram tudo, pois eles permaneceram em seu país, enquanto eu, de minha parte, fui chamado de volta à Europa...”


12. Relação de imprensa, “Jornal do Brasil”, São Paulo, 1973. Trata-se da manifestação de rua organizada por Fred Forest com pessoas carregando cartazes brancos. Como diz o “Jornal do Brasil” no seu título: “O branco invade a cidade e todo mundo encontra-se na prisão”. Esta ação teve como saldo a prisão do artista, imediatamente conduzido ao DOPS (o departamento da polícia política). Submetido, por mais de seis horas, a um interrogatório fechado, Fred Forest manterá a mesma linha de conduta. Enquanto os policiais tentarão intimidá-lo, ele fingirá ingenuidade ao espantar-se de que no Brasil não seja permitido passear com cartazes brancos. Realmente, durante seu deslocamento pelas ruas do centro da cidade, a multidão não parou de aumentar ao redor. As pessoas que o acompanhavam começaram a inscrever slogans sobre os cartazes. Notadamente, as estrelas que representavam, na época, a sigla de um movimento revolucionário chileno. Os policiais, que tinham apreendido os cartazes, pressionavam Forest para lhes dizer quem, portanto, tinha escrito os slogans de liberdade que se liam em letras grandes? Enquanto este último fingia que não sabia de nada, os policiais lhe diziam então que era “muito grave” não saber! O artista, sem perder seu sangue frio e sua ironia, retrucava que o saberia doravante. E acrescentava ainda: “Assim que eu voltar para a Europa, não deixarei de dizer em minhas declarações à imprensa que, no Brasil, é proibido caminhar pacificamente com cartazes brancos...” O artista afirma que ele considerava que sua situação de convidado oficial para a Bienal de São Paulo, assim como seu estatuto de estrangeiro, lhe conferiam uma certa imunidade. “Não sou um herói”, apressa-se ele em acrescentar. “Certamente, pude fazer tudo isso em cumplicidade com os jornalistas, os transeuntes, os intelectuais que me apoiaram, mas são eles que arriscaram tudo, pois eles permaneceram em seu país, enquanto eu, de minha parte, fui chamado de volta à Europa...”
 

^


Presentation | Exhibition | Reflection | News | Contact

Copyrights Fred Forest