Edgar MORIN (Paris, décembre 1975) _ Sociologue,
(Paris, dezembro de 1975), sociólogo.
Uma experiência sobre a midia de tipo inédito.
O que me parece interessante no trabalho de Fred Forest, é que ele se dedica à experiências de mídia de um tipo totalmente inédito, suas experiências têm facetas múltiplas. Por um lado, elas se assemelham à um certo tipo de arte do imediato. Isso é arte. Mas também é provocação, intervenção, um ato social, às vezes chega a ser quase político. Por um outro lado ainda, talvez seja um convite à uma refexão sociológica. Poderíamos achar que é um brincalhão que se diverte colocando espaços brancos nos jornais… Ou até mesmo considerá-lo como como um mecânico experimental. E já é muito bonito pois são estes que têm a verdadeira imaginação. Mas Fred Forest, além das aparências, vai mais longe. Ele vai à fonte do que é importante para nós, seres humanos, individuais e ao mesmo tempo sociais, - fontes de sonhos, imaginação e criatividade que não pedem nada além de poder se exprimir – e que é sempre relativamente censurado, asfixiado em nós mesmos. Ele tenta então favorecer essa expressão. O que creio ser importante em seu trabalho, é que ele se encontra na raíz, e tudo que se encontra na raíz não tem nome, nao pode ser classificado. As coisas que podem ser classificadas são as que estão na superfíce, as que podem ser separadas em categorias. Fred Forest é um artista ? Sim, mas não apenas isso. É um pesquisador? Essencialmente, mas não no sentido restrito que damos hoje em dia a essa palavra como à um pesquisador ciêntifico…
É um homem público ? Sim, mas com um tipo de açao pública diferente. Creio que o mundo hoje em dia com seu anonimato, sua burocratização, e todas suas tendências que o levam à um tipo de mecânica, o mundo precisa de animadores, perturbadores. Ou seja, pessoas que agitam-no, que o despertam, que lhe dão uma alma.
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